Doença arterial periférica: sintomas, causas e tratamentos

Mais frequente nos homens do que nas mulheres, a doença arterial periférica atinge de 10 a 25% na população acima dos 55 anos. É uma condição circulatória em que ocorre o estreitamento e endurecimento das artérias responsáveis pelo transporte do sangue para os membros inferiores.

Na maioria das vezes, a obstrução ocorre quando há acúmulo de placas de gordura e perda de flexibilidade nas paredes dos vasos sanguíneos, além de excesso de inflamação no local. A passagem do sangue se estreita até que se fecha por completo, o que pode levar à amputação.

Um grande problema é que cerca de 70 a 80% dos indivíduos acometidos pela doença não apresentam qualquer sintoma ou sinal. Isso dificulta o diagnóstico precoce, um ponto fundamental para o início do tratamento.

Causas da doença arterial periférica

A doença arterial periférica é frequentemente causada pela aterosclerose, uma condição em que depósitos de gordura se acumulam nas paredes das artérias e prejudicam o fluxo de sangue.

A aterosclerose tem progressão lenta e afeta artérias grandes e médias, principalmente as coronárias, as cerebrais, a aorta, o tronco braquiocefálico e as ilíacas.

Os fatores que costumam aumentar o risco de desenvolvimento da doença são: 

  • colesterol alto;
  • diabetes;
  • hipertensão;
  • tabagismo;
  • idade avançada;
  • histórico familiar;
  • altas taxas de homocisteína (componente da proteína que ajuda a construir um tecido).

Sintomas

Alguns sinais e sintomas mais comuns do problema são:

  • fisgadas na perna, especialmente na panturrilha;
  • sensação de fadiga nas pernas;
  • sensação de cãibra ao caminhar ou se exercitar, com melhora ao parar de mexer as pernas;
  • perda de pelos nas pernas;
  • unhas dos pés enfraquecidas;
  • coloração mais esbranquiçada dos membros inferiores;
  • infecções constantes nos pés.

Tratamento

O tratamento é feito com o objetivo de amenizar os sintomas e evitar a progressão da aterosclerose, reduzindo o risco de complicações, como ataque cardíaco e acidente vascular cerebral (AVC). 

A maioria dos casos é tratada com atividade física e mudança de hábitos de vida, como parar de fumar e manter uma alimentação saudável. É importante controlar a pressão arterial, os níveis sanguíneos de colesterol, triglicérides e a diabetes.

Os casos mais graves exigem intervenção cirúrgica aberta ou por técnica endovascular. O objetivo do procedimento é a desobstrução da artéria e restabelecer o fluxo sanguíneo. As três principais intervenções indicadas são:

  • Cateterismo das artérias para realização de angioplastia com ou sem a utilização de stents (prótese metálica expansível);
  • Revascularização cirúrgica com pontes (bypass), utilizando a veia safena do próprio indivíduo ou próteses vasculares sintéticas;
  • Endarterectomia para a retirada cirúrgica das placas que obstruem os vasos, liberando o fluxo para as extremidades dos membros.

Nos casos de gangrena extensa, com a morte dos tecidos, há o esgotamento das possibilidades de tratamentos para a doença arterial periférica, com indicação de amputação do membro.

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